E se, junto à minha garrafinha com o mágico aroma vermelho de morangos, levasse um saquinho de conteúdo deliciosamente táctil: o interior de um figo maduro. E então, quando de uma noite enluaradamente quente, poderia eu tocá-lo com gosto, de fora pra dentro, suavemente veloz ou ferozmente suave. Até o fundo - figo.
Do toque sentiria o cheiro e o gosto. Pois que não posso ver, só sentir. Ali, guardado, preservado - não vale ver. Sentir vale mais. Fecho os olhos e sinto. Só. Aí guardo mais. Sensação-memória. Aqui, serve mais do que a memória da retina.