terça-feira, 22 de setembro de 2009

das Flores

Começou ela hoje.

Gostei do início assim_______________o lilás-roxo do jacarandá fica mais bonito. Mais verde.

Vinde a nós, prima Vera.

domingo, 13 de setembro de 2009

NEM SILVESTRES, NEM MOFADOS: MORANGOS VERMELHOS

Se eu pudesse, guardaria aquele aroma em uma pequena garrafa, para levá-la comigo sempre. Aquele cheiro puro, doce e selvagem. Aquele cheiro vermelho. Com nostalgia, com saudade, com desejo. Com desejo. Acho que quando sentisse desejo é que deixaria a tampa da garrafinha aberta por mais tempo. Penso que o aroma de morangos remete ao desejo. Especialmente o sexual. Não sei se isso me está arraigado pelo senso comum da mídia marqueteira, que trata de estampar aos montes imagens de morangos quando o dia dos namorados está próximo. Ou se o faço por conta própria. Talvez. Talvez as duas coisas. Ou talvez só por uma coisa, já que o desejo é algo inato ao ser humano e, inexplicavelmente, pode surgir em uma tarde chuvosa durante o trabalho. Ora, não há nada que se possa fazer em uma situação como essa, mas então eu teria o aroma engarrafado.
Nem silvestres, como Bergman, nem mofados, tal qual Caio, mas pura, obvia e simplesmente: morangos. Morangos aos quilos, soltos - e não presos, apertados em caixinhas para vender - vermelhos, brilhosos e sensuais, com aquela forma que lembra, vagamente, o corpo feminino.
Quero-te, quero-te, quero-te: vermelho.