terça-feira, 20 de outubro de 2009

O ressecamento da Coisa (aquela coisa do último texto escrito) ou - O prazo de validade da contemporaneidade

Modernidadequerimacomintensidadequerimacombrevidadequerimacomvalidade.

PRAZO de validade. Sim, sim, meu amor, tal qual naquele filme do chinês, quando o carinha apaixonado vê uma lata de um produto perecível na prateleira do supermercado e pensa que tudo deve ter mesmo um prazo de validade. Perecível. Brevidade. Validade. Perecível...Expresso. Amores expressos, esse é o nome do filme. É esse! É esse! E ele, o rapaz bestialmente apaixonado, estava coberto de razão. Razão. Tinha ele razão. Porque tá assim mesmo: tudo já embalado e com prazo pra terminar. Antes de começar. Antes. Antes, e já foi. E nem vi. Já foi. Nem deixou eu dizer. E foi. O quê? O que eu ia dizer? Não importa. Já foi. Não, para. Não quero mais saber o que é que ia ser se fosse. Porque não foi.

Tudo, tudo, tudo assim. E a gente ainda acredita que pode. Que dá. Que podia dar. Mas nem de dar dá tempo às vezes. Que dirá de comer. Porque comer demora mais, você nunca sabe qual o tempo que o outro (ou a outra?) vai levar pra gozar. E aí, então, demora mais. E aí...


 
 
 
 


Acabou o prazo de validade do texto.

2 comentários:

Unknown disse...

escreve um livro pra mim! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
tá lindo tudo nesse blog, bjus

Leandro Biggi disse...

Líquido, como tudo que é moderno! :-D